domingo, 7 de maio de 2017

Uma leitora perdida pela falta de incentivo




Para mim esse trabalho foi um desafio, pois quem eu cogitei entrevistar ou mora em SP ou viajou pra lá e esqueceu da entrevista. Mas no fim tudo deu certo graças a Internet. 

 Entrevistei minha avó pela webcam (existe jeito para tudo, não é mesmo?).

 Comecei perguntando a ela seu nome, e ela respondeu "Márcia da Rocha Vita". E então entramos em uma conversa sobre os anos em que ela estudou. Ela me disse que só concluiu o ensino fundamental pois se casou cedo, e, após ter a primeira filha, tentou voltar a estudar, porém não teve apoio dos pais. 
 Perguntei se no tempo em que estudou os professores a incentivaram na leitura, e ela me contou que teve apenas dois professores que a incentivaram a estudar naquela época: um professor de matemática e uma professora de geografia. E então fiquei curiosa para saber como eles a incentivaram, e ela me disse que, por serem rígidos, isso fez com que ela se empenhasse mais nos estudos. Ela me contou um pouco de como cada dos professores eram, mas, ainda, fiquei com uma pergunta na minha cabeça: "E a leitura?". Então perguntei a ela se houve algum incentivo por parte dos professores para ler livros de literatura. E ela me disse que não e que acredita que isso não tenha mudado em nada para ela. Continuamos a conversa, e então perguntei a minha vó: "Vó, que tipo de livros você gosta de ler?", e ela disse que não é chegada a livros, porém lê muitos artigos sobre o ser humano ou livros religiosos. Perguntei então: "Além de livros religiosos e artigos, você gosta de ler outra coisa?", e a resposta foi não. Então como já estava ficando sem ideias sobre o que perguntar, mandei para ela a minha resenha sobre o livro da Malala, e ela me perguntou: "O que é uma resenha?", então expliquei a ela, e pedi que desse uma lida e me dissesse o que achou. Ela leu, parava em alguns pontos, conversamos sobre, falamos bastante sobre o extremismo religioso, falamos sobre o machismo e no final perguntei a ela: "O que achou, vó?", ela disse que gostou bastante, disse que deixei bem claro o meu ponto de vista, e então perguntei: "Te despertou o interesse em ler esse livro?" e ela me disse que sim, ainda mais porque, segundo as palavras da minha vó, Malala é um ser humano iluminado.
 Depois disso conversamos um pouco sobre o futuro e ela me revelou que quando vir morar em Maceió, tem o desejo de voltar a estudar. E é claro que eu super apoiei, e vou incentiva-la muito.


 Essa é a história do leitor que a escola formou a minha avó, uma mulher de 61 anos, que nos anos 70 parou de estudar para se casar. Hoje, viúva, mãe de 5 filhos e avó de 13 netos, pensa em voltar a estudar. E como ela mesmo diz: Le, estude, porque só o estudo pode te trazer a independência".

sábado, 6 de maio de 2017

Eu sou Malala















Título: Eu sou Malala
Autor: Malala Yousafzai com Christina Lamb
Páginas: 342
Ano: 2013



"A todas as garotas que enfrentam a injustiça e forem silenciadas. Juntas seremos ouvidas." - Malala Yousafzai

 Acredito que o destino une e afasta pessoas, mas não sabia que o destino poderia unir pessoas a livros. No início do semestre, na primeira aula de Leitura e Produção de Textos em língua portuguesa, quando a professora Andrea estava apresentando alguns livros, foi nesse momento que me apresentaram pela primeira vez a biografia de Malala, publicado pela Companhia das Letras, em 2013. E pelo pouco que a professora falou sobre o livro eu me interessei, mas não imaginava que chegaria a lê-lo. Quando a professora começou a falar sobre esse trabalho, não tinha ideia do livro que eu escolheria, até porquê, logo eu que não sou acostumada a ler. E então do nada a própria professora lembrou de mim, e decidiu me ajudar na escolha de um livro para esse trabalho, e por incrível que pareça o meu trabalho é sobre Eu sou Malala. Se isso não é o destino, eu não sei o que é. 
 O livro é maravilhoso e a história muito inspiradora. 
Inclusive ela até cita no livro, O Diário de Anne Frank. E o livro é como se fosse um diário dela, narrado em primeira pessoa, e ela conta detalhes de sua vida, família, amigos e livros preferidos.
 Tem muitos pontos interessantes que o livro aborda, como a cultura e a religião muçulmana, a história do Paquistão e a história da própria Malala. 
 Malala é uma garota paquistanesa, muçulmana e ativista do direito a educação para todos, especialmente para as meninas do Paquistão. Foi criada por uma família com um pensamento liberal. Seu pai, Ziauddin, um professor engajado em questões sociais, abre com muito esforço uma escola em que meninos e meninas podem estudar. Sua mãe, Tor Pekai, é uma mulher que não teve a oportunidade de continuar seus estudos, mas que sempre incentivou Malala a estudar e o marido em seu ativismo. Malala tem também dois irmãos mais novos que ela. 
 Tudo o que eu quero é educação, e eu não tenho medo de ninguém.

 Malala conta como foi que o Talibã chegou ao Vale do Swat, como o grupo extremista conseguiu a confiança da população e como foi que começou os problemas para ela e para sua família. O livro conta que primeiro o Talibã conquistou a confiança da população, usava uma rádio para se comunicar e espalhar seus ideais. No começo não tinha mortes, eram só "conselhos", como dizer que as mulheres deveriam parar de estudar e quando uma desistisse de estudar, o líder do Talibã anunciava na rádio dando-lhe os parabéns e a deixando como um "exemplo", e assim começou a ganhar a confiança da população. Até que tomaram o Vale,  e então começaram a colocar regras na sociedade,  tais como: mulheres não poderiam andar nas ruas sem uma presença masculina; meninas não podiam mais estudar, mandaram fechar escolas de meninas, e chegaram a explodir algumas, entre outras. Em meio a toda ditadura Talibã que foi se solidificando gradativamente, Malala e seu pai não abaixaram a cabeça. Lutaram juntos contra o Talibã. Ziauddin sofreu inúmeras ameaças, alguns de seus amigos foram assassinados, e Malala foi ameaçada também, mas não acreditava que eles realmente iriam tentar matá-la. Ela achava que o perigo era maior para o pai, pois era homem. 
 Em 2012 Malala sofreu um atentado, o exército garantia que não havia mais Talibã no Vale, mas, mesmo assim Malala foi baleada perto de um posto do exército. Quando voltava da escola para a casa, um homem faz o ônibus parar e outro por trás do ônibus pergunta "Quem é Malala?". Malala foi baleada na cabeça. Para mim, essa foi a parte do livro que mais me emocionou, quando ela conta como foi que seus pais souberam e reagiram. O pai ficou sem esperanças, achava que Malala não tinha chances de viver e a mãe com uma fé enorme diz: 
"'Deus, eu a confio a Ti', disse, os olhos fixos no céu. 'Não aceitamos guardas de segurança - Tu és o nosso protetor. Ela estava nos Teus cuidados e Tu tens a obrigação de enviá-la de volta'"  (p.262)
 No começo ela foi tratada no Paquistão, e depois foi levada para a Inglaterra. 
Malala conta como foi o tratamento do exército do Paquistão com sua família, e como ela conseguiu chegar na Inglaterra. Ela ficou um tempo em um hospital britânico sozinha, em um primeiro momento. 
 Hoje, Malala vive na Inglaterra com sua família.
Já fez vários discursos na ONU em luta pela educação das garotas e já ganhou um prêmio Nobel da Paz. 
 Você deve lutar contra os outros, mas através da paz, através do diálogo e através da educação.

 Além de ser um livro interessantíssimo, ele me levou a refletir sobre vários pontos, como o extremismo religioso, que é um perigo em qualquer religião. O extremismo da religião dela me lembra muito o extremismo cristão do Brasil. Malala conta sobre um partido religioso no Paquistão, que uma das mulheres do partido deu uma declaração infeliz sobre o atentado contra Malala. E isso me lembra muito a bancada evangélica brasileira.O que eu também gostei no livro sobre religião é que muitas pessoas no Paquistão dizem que ela não é muçulmana de verdade, mas na verdade a Malala só tem uma interpretação diferente do Corão e da religião, e isso não faz com que ela deixe de ser muçulmana. Outro ponto que me fez refletir foi o feminismo da Malala que não é igual ao meu feminismo. Quando ela conta que enquanto estava sem a família na Inglaterra, e as enfermeiras do hospital compraram DVDs para ela e um dos filmes apareciam garotas de top, e ela ficou horrorizada,  isso me exemplifica muito o que há um tempo eu vi na internet: o feminismo de uma mulher do sudeste não é igual ao feminismo de uma mulher do nordeste, pois são culturas diferentes. E é uma das coisas que eu achei muito interessante, foi ver que por mais que para ela seja um absurdo mulheres de top, ela ainda sim é uma feminista. 
 Uma coisa que eu queria ressaltar também, é que Malala só é Malala graças ao incentivo da família. Se ela fosse criada por uma família conservadora, com certeza não seria essa Malala. Quantas outras Malalas existem no Paquistão e em qualquer outro lugar do mundo que não podem se posicionar e nem lutar por seus direitos?
Além do livro existe um documentário sobre a história da Malala.
 Eu sou mais forte que o medo.

E se vocês quiserem ler outras resenhas de biografias, vocês podem olhar:
DONALD WOODS BIKO do Ronaldo

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Diário de Bordo 17/4/17

Décima segunda aula.
A aula começou com a professora marcando datas de trabalhos e explicando como devemos fazer.
Vamos fazer uma sinopse dos livros que cada um escolheu, e postar aqui no blog. E fazer uma entrevista sobre "Que leitor a escola te formou?" com uma pessoa mais velha, e postar aqui também. Se fosse só postar aqui tava bom demais, porém, temos que apresentar a entrevista e a sinopse na sala de aula.
Tantos trabalhos e um sentimento: ainda bem que o semestre ta acabando, amém!

Diário de Bordo 10/4/17

Décima primeira aula.
Na aula de hoje assistimos o filme "Snowden".
O filme é ótimo e, conta a história de Edward Snowden, um ex-agente da NSA e da CIA, e como ele denunciou os programas de vigilância e espionagem mundial da NSA.
O filme mostra a reação dos EUA ao 11 de setembro, que a partir de um tribunal secreto, a NSA ganha o poder de espionar os próprios cidadães e vigiar países aliados do EUA, o que era contrario aos princípios do protagonista. O filme vai mostrando o desenrolar da historia e como o protagonista conseguiu chegar as informações, sair da NSA com as informações e espalhar para o mundo. 



segunda-feira, 3 de abril de 2017

Diário de Bordo 3/4/17

Décima aula.
A aula de hoje foi sobre tecnologia digital no contexto da educação: bônus e ônus.
A professora começou falando que devemos saber fazer uma articulação harmônica entre a tecnologia, o interdiscurso (ponto de vista) e a leitura/escrita.
Foi falado sobre a Cibercultura. O que é a cibercultura? A cibercultura está ligada ao mundo digital, é a cultura que surge a partir das tecnologias.
A aula basicamente foi sobre saber usar o que a tecnologia nos disponibiliza dentro da educação, sabendo que a  tecnologia (como tudo na vida) tem o seu lado bom e o seu lado ruim, e que pesando isso, devemos saber usá-la de forma que possa nos auxiliar no meio da educação. Foi falado muito sobre o facebook, as diferentes formas que podemos usá-lo, como o exemplo que a professora mesmo deu, as ocupações de estudantes secundaristas que ocorreu o ano passado nas escolas públicas no Brasil todo, um movimento que começou em escolas paulistas e muito divulgado na internet pelos próprios estudantes e movimentos que os apoiaram, cresceu pelo Brasil graças ao facebook.
Depois do intervalo a professora apresentou mais blogs, e eu já tinha olhado o da Juliana, mas não tinha olhado todos os diários (miga sou sua fã!!), outro blog que eu achei muito legal foi o da Melissa com aquele meme da professora (não consegui superar ainda).
Tivemos a roda de conversa, eu não me lembro o nome da menina que apresentou o primeiro livro, mas sobre a apresentação dela: achei perfeita, ela falou muito bem, foi além do livro.
Durante a aula, eu estava conversando com a Karen sobre o nome do meu blog, e realmente esse blog não tem cara de uma ariana com ascendente em áries de raiz, mas como não sou muito criativa, vou pensar nessa mudança mais pra frente.
A professora levou dois livros para emprestar, um para a Livia que está encantada com o padre Fabio de Melo, e um pra mim que estou amando o livro da Malala. Como não sou muito de ler, é muito difícil escolher um livro pra mim, mas livros que tratam de questões como esse livro e o diário de Anne Frank tratam, me interessa muito, já até sei qual é o próximo livro que vou ler.

sábado, 1 de abril de 2017

Diário de Bordo 27/3/17

Nona aula. 
Na aula passada foi só prova, então eu decidi não fazer o diário para não ter que contar o meu sofrimento quando vi que não me lembrava nada do que tinha na prova... 



Porém, nesta aula a professora entregou a prova, e até que fiquei satisfeita com a minha nota. 
Bom, a aula começou com as apresentações das narrativas digitais, achei interessante as narrativas de todos os grupos, todas muito criativas.
A professora devolveu as provas e as comentou. 
No final teve a roda de conversa, e quando estavam sendo escolhidos os próximos alunos a apresentar um livro, a professora falou sobre um trabalho que vamos ter mais para frente sobre os livros que apresentamos, inclusive ela deixou eu mudar de livro, e me ajudou a escolher outro, acredito que será melhor pois o outro livro trata de assuntos que eu realmente me interesso.


Diário de Bordo 13/3/17

Sétima aula.
A aula começou com a professora falando sobre o documentário "Janela da alma", que era o documentário da aula anterior, fiquei um pouco perdida com a aula, pois era uma continuação da anterior, e como eu tinha faltado...
Enfim, foi falado também sobre as relações Texto e Imagem, que tem três tipos, sendo eles:
-Ancoragem: Quando o texto apoia a imagem
-Ilustração: Quando a imagem apoia o texto
-Relay: Quando texto e imagem são complementares
Tivemos um exercício em que foi apresentadas três imagens de jornais com noticias das eleições presidenciais do segundo mandato do Lula (2006), e o exercício era para identificarmos qual tipo de relação texto e imagem era cada uma. Com esse exercício, acredito eu que a maioria da sala conseguiu perceber que quando lemos uma noticia, ela na maioria das vezes está passando um ponto de vista, e não só informando.

No fim da aula teve a roda de conversa, mais alguns colegas apresentaram os livros. 

Narrativa digital


Essa narrativa digital foi um trabalho em grupo com 4 ou 5 pessoas, o meu grupo foi Karen, Juliana, Amanda e Michelly. O tema é "Que leitor a escola te formou?", então conversamos no grupo, e vimos que a maioria de nós não fomos formadas leitoras pela escola, conhecemos o mundo da literatura de outras formas.
Aqui está a narrativa:





domingo, 12 de março de 2017

Diário de Bordo 6/3/17

Sexta aula.
Nessa sexta aula tive que faltar, e como eu já tenho outra falta eu estava incomodada com isso, mas como foi um motivo sério, e que não tinha outro jeito, acabei faltando e avisei a monitora sobre e pedi para que colocasse meu nome para apresentar na próxima aula que tivesse vaga, acho que é a do dia 13.
Na semana do carnaval a professora comentou uma publicação do meu blog, achei legal porém que vergonha ela ler esses diários.
Li um diário de bordo de uma colega, que sou muito fã, sempre deixo o blog dela aberto, porque sempre dou uma olhadinha nos diários dela. Então li para poder escrever esse.
Nessa sexta aula a professora deu aula no auditório, passou um documentário que tinha a finalidade de introduzir o que seria a relação texto e imagem.
E no fim da aula mais alguns alunos apresentaram os livros que escolheram.

Diário de Bordo 20/2/17

Quinta aula. 
Como em algumas das outras aulas, a aula de hoje começou com a professora mostrando alguns blogs dos colegas.
A professora passou um trabalho para o dia 27/03, que é uma narrativa digital, e esse trabalho é em grupo, um problema para mim que sempre sofro para arrumar grupos para fazer esses trabalhos. 
Achei o trabalho interessante e espero que eu consiga me sair bem nele. 
No final da aula mais alguns colegas apresentaram os livros, e eu já tinha escolhido um para apresentar quando fosse a minha vez, mas outra pessoa apresentou, como não sou uma pessoa que leio muito, acho que vou demorar um pouco para achar outro.